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Eleições: dois desejos e uma sugestão

por Flávio Gonçalves, em 08.06.19

Tenho um desejo utópico para as próximas eleições, que a imprensa e televisões escrutinem e nos expliquem os programas eleitorais dos partidos, que os cidadãos sejam finalmente elucidados quanto ao poder e repercussão do seu voto, que os jornalistas dos jornais, revistas e televisões informem os eleitores em vez de especular com um populismo que cá não pega.

Tenho um desejo distópico para as próximas eleições, e já o tenho defendido ao longo dos anos em vários artigos de opinião tanto na imprensa açoriana como portuguesa: torne-se o voto obrigatório e penalize-se quem não vá votar com uma multa simbólica de 20€, se querem protestar o regime que votem nulo ou em branco, se lhes é indiferente que paguem o preço dessa indiferença uma vez que ao longo de séculos muitos morreram pelo seu direito a votar.

Tenho uma sugestão democrática para as próximas eleições, atribuir meio dia de folga sem perda de rendimentos a todo o cidadão que vá votar. Um incentivo realista e democrático, mais que esperar que os jornalistas façam o seu trabalho ou que o governo torne o voto em obrigatório. É uma alteração legislativa simples, embora descreia que o meu partido (PS) e o outro (PSD) a apliquem dado o risco que esse novo eleitorado poderá constituir a votar em massa em pequenos partidos extraparlamentares e a irritação que pagar meio dia e subsídio de almoço aos trabalhadores constituirá para o patronato luso, cuja mentalidade esclavagista rivaliza mesmo com a dos empresários dos EUA.

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Rescaldo eleitoral

por Flávio Gonçalves, em 08.06.19

É em semanas como estas que tenho pena de já não estar numa redacção a reportar, indagar, entrevistar e a explicar o mundo e a Europa aos leitores e eleitores... curiosamente parece que a maior parte das pessoas que está efectivamente numa redacção mainstream não tem essa vontade... as eleições em Portugal fazem-me pensar cada vez mais na letra de "A Gente Não Lê" (sublime na voz de Isabel Silvestre): "e do resto entender mal, soletrar assinar em cruz, não ver os vultos furtivos, que nos tramam por trás da luz". 

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O Autor


Colaborador da edição portuguesa do Pravda.ru, tradutor, editor da Libertaria.pt, autarca e político a tempo parcial, socialista a tempo inteiro, membro do Conselho Consultivo do Movimento Internacional Lusófono, activista do Conselho Português para a Paz e Cooperação, açoriano e muitas outras coisas. Escrevo sobre comida, livros, música e outras irrelevâncias culturais no Livros à Mesa. Encontram-me em língua inglesa no Autarkies. Endereço para envios promocionais (livros, revistas, zines, etc.): Flávio Gonçalves, Apartado 6019, EC Bairro Novo, 2701-801 Amadora

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