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Liberdade * Geopolítica * Socialismo
O Facebook recusa reiteradamente a aceitar a publicidade que iria ser paga do meu bolso, como atestei com a entrega de uma cópia do meu CC, para divulgar a página da Tirem As Mãos Da Venezuela, campanha na qual colabororo desde que Hugo Chávez ainda era vivo... A recusa é ao abrigo de uma política de policiamento digital que a maior parte da esquerda aplaudiu: teoricamente visava proteger o pobre povo de ser influenciado nas redes sociais pela extrema-direita e pela Rússia, ou seja para combater os Trumps e Bolsonaros deste mundo. Na teoria, pois na prática o Facebook logo a seguir a inventar essa política para agradar à esquerda histérica americana que ainda hoje não aceitou que Hillary era uma péssima candidata, contratou a Breitbart (a tal da extrema-direita trumpista) para fazer esse fact checking...
Diz que a Venezuela agora tem três parlamentos? É a ditadura mais permissiva de todos os tempos! Portugal é um país irrelevante e extremamente dependente, daí compreender, embora discorde quase sempre, a diplomacia do MNE. Até que a CPLP se torne numa potência política e militar, em algo com uma existência concreta, será assim, estaremos sempre do lado dos fortes.
A Assembleia Nacional da Venezuela, que desde as últimas eleições tem maioria absoluta da oposição, elegeu um novo presidente e agora é apodada de malvado bastião chavista, creio que explica bastante o descrédito da imprensa convencional (e assustadoramente é a única que os nossos políticos leem)... A Assembleia Nacional da Venezuela inclui um total de 167 deputados, estavam presentes 150 na eleição do novo presidente da Assembleia, destes apenas 49 são do partido de Maduro... Portanto, os 17 deputados que não estavam presentes reelegeram Guaidó numa sessão paralela e o nosso MNE reconhece tamanho disparate? Com estes números torna-se mais fácil compreender a minha discordância do MNE português?
Estou extremamente orgulhoso dos eurodeputados socialistas portugueses, alemães, franceses, britânicos, búlgaros e eslovacos que tentaram convencer o Socialists and Democrats Group in the European Parliament a votar contra o reconhecimento de Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela quando este não tem qualquer apoio interno no seu próprio país. Estão também de parabéns os eurodeputados austríacos, alemães, búlgaros e portugueses do Partido Socialista Europeu que se opuseram, sem sucesso, a que a nova lei referente a Violações de Direitos Humanos não hostilizasse a Rússia. Fracassaram, mas que tenham tentado já me enche de orgulho. Ainda há esquerda atenta no PS, ainda há esquerda atenta no PSE, e um dia seremos novamente maioria!
Recordo as críticas que recebi quando opinei que Aung San Suu Kyi seria uma opção pior para Myanmar (antiga Birmânia) do que a Junta Militar. Só me acreditaram aquando do genocídio dos rohingya, não fosse por isso talvez me acreditassem hoje aquando do encontro desta com Viktor Orban. Entretanto veio a público que representantes do governo desta se encontram em Israel com a intenção de comprar armamento, em violação das sanções internacionais actualmente em vigor. Agora, quanto ao Guaidó...
Ontem assinalou-se o 5º aniversário da partida de Hugo Chávez, um gigante de humanidade, justiça e socialismo democrático com quem tive a honra de partilhar duas amizades em comum e muitas cumplicidades ideológicas que originaram num convite para o conhecer aquando da sua última passarem por Lisboa (que por motivos de trabalho não me foi possível concretizar). Que a História não o julgue por quem não lhe conseguiu seguir as passadas ou manter o seu legado!
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